hora certa.

Ouça agora

Veja quais são as serpentes mais comuns no TO: Sâo seis tipos de jararaca e mais cobra 'exclusiva no Estado.

Na última semana a imagem de uma sucuri morta tentando comer um cachorro chamou a atenção. No Tocantins existem 112 espécies catalogadas, sendo que apenas 12 são peçonhentas.

 

As serpentes são répteis rastejantes que têm a capacidade de gerar um misto de sentimentos que vão do fascínio à fobia. No Tocantins existem 112 espécies catalogadas, sendo que apenas 12 são peçonhentas, ou seja, produzem veneno para atacar suas presas ou se defender. O estado tem até uma espécie exclusiva da região, que ainda não foi encontrada em outro lugar.

Algumas como a sucuri geram medo pelo tamanho que podem alcançar, bem como pelas presas que é capaz de engolir. Foi o caso de uma sucuri que teve morreu ao tentar comer um cachorro no sul do estado. Um vídeo feito no local mostra a cobra morta com cão na boca.

De modo geral, nenhuma das espécies existentes no estado tem o ser humano como prato principal, mas isso não impede que acidentes aconteçam, principalmente, quando se sentem ameaçadas. No estado existem 32 unidades de referência que disponibilizam soros antipeçonhentos.

A bióloga Raiany Cruz explica que cada tipo de serpente desempenha um papel específico no meio ambiente. Existem aquelas que são predadoras de pragas em hortas e plantações, outras se alimentam de serpentes peçonhentas nocivas ao ser humano, além do próprio potencial do veneno de algumas espécies.

“Tem potencial na farmacologia e tem o benefício ecossistêmico. Nós precisamos saber conviver, coexistir com essas espécies. Se elas estão presentes é porque tem alguma razão para continuarem existindo. Se tomarmos alguns cuidados a gente consegue evitar acidentes”, comentou.

O Tocantins possui até uma espécie que só é encontrada no estado, a chamada Apostolepis adhara, ou Cobra-da-terra. O animal foi registrado em São Salvador do Tocantins e se alimenta apenas de pequenas larvas, minhocas e outras serpentes.

As espécies mais comuns no estado

As jiboias estão entre as serpentes não peçonhentas que mais aparecem na área urbana e até mesmo na área rural do estado. Essas cobras são muito temidas por seu grande porte, mas não causam tanto perigo para o ser humano, pois buscam presas pequenas e as matam por “constrição” – se enrolando e apertando.

A segunda mais frequente na área urbana é a chamada falsa coral, principalmente nas quadras mais próximas de áreas de mata e no período chuvoso.

“Outra que aparece muito e causa espanto na população é uma espécie de dormideira. Por ter uma malha parecida com a jararaca as pessoas confundem, mas ela, inclusive, é uma aliada de quem tem hortas e viveiros porque a especialidade dela é em comer lesmas”, explicou.

Dentre as serpentes peçonhentas, na área rural a que mais aparece é a jararaca. “No Tocantins a gente tem seis espécies de jararaca e apenas uma de cascavel. Essa pode ser a condição para se ter mais surgimento desse grupo de jararacas”, explicou.

Períodos endêmicos

Muitas espécies têm períodos em que vão aparecer mais e possivelmente causar mais acidentes. No caso da falsa coral, por exemplo, isso se dá no período de chuva, quando elas têm suas tocas inundadas.

No último trimestre do ano, para o primeiro do ano seguinte as peçonhentas que mais vão aparecer são as jararacas. Pois, segundo a especialista, é o grupo com mais espécies no estado.

“A parte crítica para o encontro de serpentes peçonhentas no nosso estado de maio até julho seriam os indivíduos adultos em momento de reprodução. E de novembro até fevereiro com o nascimento dos filhotes, que coincide com o momento que as pessoas estão de férias em chácaras e sítios e acontece bastante acidente”, explicou.

Confira alguns cuidados para evitar

  • Cuidado com folhas secas e pedaços de madeira acumulados;
  • Usar roupas e calçados apropriados para o campo e trilhas;
  • Não colocar a mão diretamente em locais que podem servir de tocas, e tão pouco pegar os animais na natureza;
  • Quem sofrer algum acidente deve manter a calma, lavar o local com água e sabão, levantar a parte do corpo afetada, tomar bastante água e ir para o atendimento especializado o mais rápido possível;
  • Não são recomendadas ações como perfurar o local da picada, adicionar café, açúcar ou querosene e fazer garrote/torniquete.

 

Facebook
Twitter
WhatsApp