hora certa.

Ouça agora

Hospitais estaduais promovem ações alusivas ao Dia Mundial de Combate à Sepse

Diagnóstico acertado e início do tratamento na primeira hora são fundamentais para a diminuição da mortalidade.

 

 

Para conscientizar a população sobre a doença e reforçar aos profissionais de saúde a importância de agir rápido nesses casos, o dia 13 de setembro foi instituído como Dia Mundial da Sepse. Este ano, o tema da campanha é ‘Antibióticos: muito além da primeira hora’. O objetivo é lembrar que, além de iniciar o tratamento na primeira hora, a equipe de saúde precisa permanecer ao lado do paciente, acompanhando a evolução do quadro e fazendo as intervenções necessárias.

Pensando nisso, as equipes do setor de qualidade do Hospital Geral de Palmas (HGP) e da Comissão  de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) do Hospital Regional de Gurupi (HRG), promoveram programações com profissionais de saúde e pacientes, com o objetivo de apresentar o fluxograma de protocolos que devem ser seguidos nas primeiras horas e de sensibilização educativa para alerta aos sinais clínicos de que o paciente apresenta quando está em risco para Sepse, respectivamente.

Antes conhecida como infecção generalizada ou septicemia, a sepse é uma resposta inadequada do próprio organismo contra uma infecção em qualquer órgão do corpo. Essa infecção pode ser bacteriana, fúngica, viral, parasitária ou por protozoários, e gera uma inflamação para tentar combater o agente infeccioso. Porém, essa resposta pode comprometer o funcionamento de vários órgãos, levando ao que é chamado de disfunção ou falência múltipla de órgãos. Os pacientes podem desenvolver a sepse durante uma internação hospitalar ou chegar ao hospital já em quadro séptico provocado por problemas comuns, como infecção urinária ou pneumonia.

Segundo a médica infectologista, Mônica Silva Dias Franco, gerente sepse pelo Escritório da Qualidade, “embora qualquer pessoa possa desenvolver a sepse, pacientes com baixa imunidade e com doenças crônicas têm um risco maior, incluindo prematuros, crianças com menos de um ano, idosos acima de 65 anos, pessoas com câncer, HIV, insuficiência cardíaca ou renal e diabetes”.

“O diagnóstico precoce e o início imediato do tratamento, normalmente com uso de antibiótico, são fundamentais para o caso. O ideal é que as medidas iniciais sejam tomadas na primeira hora de infecção para evitar o comprometimento do organismo, principalmente de órgãos vitais, além de prevenir sequelas, como lesões renais, cardíacas e neurológicas”, explicou.

De acordo com a coordenadora da CCIH do HRG, Marília Pantoja Soares da Silva, “essas ações são de fundamental importância, principalmente para chamarmos a atenção e alertar a comunidade e os profissionais da saúde para atuarem juntos na diminuição da mortalidade por essa doença”, reforça.

Prevenção

O risco de sepse pode ser diminuído, principalmente em crianças, respeitando-se o calendário de vacinação. Uma higiene adequada das mãos e cuidados com o equipamento médico podem ajudar a prevenir infecções hospitalares que levam à sepse. A sepse não acontece só por causa de infecções hospitalares, sendo assim, bons hábitos de saúde podem ajudar. Outra dica importante é evitar a automedicação e o uso desnecessário de antibióticos.

Dados

No Brasil, são registrados cerca de 400 mil casos de sepse em pacientes adultos por ano. Desse total, 240 mil morrem nas UTIs, um índice de 60%. Entre as crianças, o número anual de casos é de 42 mil, dos quais oito mil não resistem, o que representa um percentual de 19%.

Crédito:Ellayne Czuryto/Governo do Tocantins

                                                              
Facebook
Twitter
WhatsApp