Tema abordado durante workshop realizado na Capital.
Entender o que é assédio moral e as suas implicações na saúde mental do trabalhador foram os objetivos do workshop realizado na manhã desta terça-feira, 23, na sede da Escola Superior de Polícia, em Palmas. A iniciativa da Gerência de Valorização do Policial Civil, vinculada à Superintendência de Segurança Integrada da Secretaria da Segurança Pública (SSI/SSP-TO) reuniu gestores que atuam no âmbito da Secretaria e da Polícia Civil.
O workshop contou com palestras dos psicólogos Gabriel Vinícius Martins e Flávio Alexandre Barros e uma breve palavra da diretora da Junta Médica Oficial do Tocantins, Márcia Sampaio. “É um ato de coragem quando um gestor se dispõe a discutir esse tema e também um ato de coragem de quem decide vir para falar abertamente sobre esse assunto”, destacou a diretora, colocando a Junta Médica à disposição para novas palestras sobre saúde mental no âmbito do trabalho.
O psicólogo Gabriel Martins falou sobre os tipos de assédio. “É importante entender o que configura assédio, até mesmo para saber como lidar com essa situação. Quando entendemos o que é, temos capacidade de saber se estamos sofrendo ou até mesmo praticando”, destacou.
Relação assédio e saúde mental
Já o psicólogo Flávio Barros abordou os aspectos positivos do trabalho na vida do ser humano, trouxe dados sobre assédio e as consequências para a saúde. Dentre as consequências na saúde estão: dores generalizadas, transtornos depressivos, transtorno de ansiedade, alteração do sono, crises de choro, esgotamento físico e mental, e abandono de relações pessoais. Consequências essas que podem resultar em um quadro de irritabilidade, abuso de álcool, insônia, problemas familiares.
“O assédio é algo muito subjetivo de mensurar se é ou não. É complicado, mas vocês têm um papel importante de tornar o ambiente de trabalho saudável, a partir do conhecimento que passarão a ter nesse debate de hoje”, ressaltou.
Entre as formas de ajudar quem está passando por esse tipo de problema, o psicólogo Flávio Barros elencou a necessidade de se fazer uma auto-reflexão, trazer o tema para debate, promover uma gestão participativa, cumprimento de regras disciplinares e, principalmente, não se calar.
Gestores
“É um tema que preocupa muito a Secretaria da Segurança Pública, o secretário Wlademir Mota tem um olhar diferenciado e todos nós, enquanto gestores, precisamos e queremos que nossos policiais sejam valorizados para que possam prestar um atendimento de excelência lá na ponta, no serviço prestado direto ao cidadão”, pontuou a superintendente de Segurança Integrada, Fátima Holanda.
A gerente de Valorização do Policial Civil, Leni Barbosa, destacou a necessidade de debater o assédio. “É um tema sensível mas que precisa ser exaustivamente debatido. Precisamos trabalhar com prevenção e promoção da saúde e esse tema é para que todos aqui se sintam provocados a cuidar da pessoa que está do nosso lado”, frisou.
“É de suma importância esse assunto, porque o assédio acontece em todos os lugares e muitas vezes a gente não sabe que está sofrendo por desconhecer o tema. Isso será multiplicado para todo Estado, para que tenhamos um ambiente de trabalho livre de prática de assédio e discriminação”, pontuou o secretário executivo da Administração, Leontino Labre Filho.
Multiplicadores
O delegado regional de Porto Nacional, Túlio Mota, participou do workshop e destacou a importância de levar o debate para todo o Estado. “Temos acompanhado no atual cenário brasileiro, algumas tragédias que ao que tudo indica, é furto da negligência com relação à saúde mental que, inclusive, deve estar à frente de todas as ações, porque sem saúde mental não tem como fazer segurança pública”, complementou.
A diretora do Instituto de Identificação, Elaine Monteiro, também destacou a importância do tema. “Todos nós precisamos pensar, repensar e refletir bastante sobre esse tema. Esse workshop é algo que vem realmente a cooperar para que a nossa corporação seja melhor a cada dia”, finalizou.
Vania Machado/Governo do Tocantins
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