Composta por 90 brigadistas distribuídos entre as nove UCs em operação, a brigada desempenha um papel essencial na linha de frente do combate aos incêndios florestais.
Com a chegada do período crítico de estiagem, os incêndios florestais representam uma ameaça constante às Unidades de Conservação (UCs) estaduais. Nesse cenário, a Brigada Gavião Fumaça, do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), destaca-se como uma das principais forças de defesa ambiental do Estado. Atuando na linha de frente do combate ao fogo, esses profissionais desempenham um papel fundamental na preservação da biodiversidade.
Composta por 90 brigadistas, a Brigada Gavião Fumaça tem a missão fundamental de proteger as nove UCs em operação no Estado. No entanto, quando necessário, sua atuação se estende ao suporte às brigadas municipais, reforçando a defesa ambiental em todo o Tocantins.
A gerente de Unidades de Conservação do Naturatins, Perla Oliveira, destaca o papel essencial dos brigadistas florestais do órgão ambiental, especialmente nesse período de estiagem, para assegurar a proteção das UCs. “Com a seca cada vez mais intensa, a Brigada Gavião Fumaça intensifica suas operações, alinhando tecnologia de ponta com estratégias colaborativas. O compromisso da brigada é garantir a preservação dos recursos naturais dessas áreas de conservação, minimizando os impactos causados pelos incêndios florestais”, ressalta.
Durante a temporada seca, as operações de combate são intensificadas com a utilização de diversas tecnologias e estratégias para garantir uma resposta rápida e eficiente. Entre as ferramentas utilizadas está o monitoramento via imagem satélite, que permite a identificação de áreas de calor em tempo real. Sistemas como o Nasa Firms, Panorama Sipam aliados ao programa DPQ Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), fornecem dados precisos sobre a localização e intensidade dos focos de incêndio, possibilitando a mobilização imediata das equipes de combate. Além disso, é utilizada a plataforma Painel do Fogo, do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (CENSIPAM), órgão vinculado ao Ministério da Defesa.
Outro recurso tecnológico que tem se tornado essencial no monitoramento de áreas de difícil acesso é o uso de drones. Equipados com câmeras de alta definição, esses dispositivos sobrevoam grandes áreas, identificando focos de incêndio ainda em estágio inicial. Isso reduz o tempo de resposta da brigada e aumenta a eficácia no combate aos incêndios, preservando as UCs.
Além da utilização da tecnologia para o monitoramento aéreo, as rondas terrestres realizadas pelos brigadistas também desempenham um papel importante. Eles percorrem as áreas mais vulneráveis das UCs, verificando a presença de fumaça, possíveis focos de incêndio e atividades de risco, como queimadas ilegais.
O envolvimento da comunidade local é outro fator importante para as ações da Brigada Gavião Fumaça. Moradores de áreas próximas às UCs são incentivados a relatar focos de incêndio ou atividades suspeitas, contribuindo para o trabalho da brigada. A utilização de aplicativos e plataformas de comunicação tem facilitado essa interação, permitindo que a população ajude a prevenir e controlar incêndios em tempo real.
Outro aspecto fundamental no trabalho de combate aos incêndios é o acompanhamento das condições meteorológicas. Os brigadistas monitoram constantemente fatores como ventos e níveis de umidade, o que permite planejar e antecipar ações de combate, evitando que condições climáticas adversas agravem os riscos de propagação do fogo.
Além dessas medidas, para prevenir a disseminação do fogo durante o período de estiagem, o Naturatins suspendeu, por meio da Portaria n° 125/2024, a emissão e a vigência das Autorizações Ambientais de Queima Controlada em todo o território tocantinense no período de 20 de julho a 30 de outubro.
Por Andréa Marques/Governo do Tocantins
