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A vigilância epidemiológica da toxoplasmose é tema de capacitação da SES-TO

Participaram do evento, profissionais da saúde, gestores municipais e estaduais.

 

Com objetivo de promover capacitação dos profissionais da saúde, para garantir atendimento de qualidade para a população tocantinense, a Secretaria de Estado da Saúde do Tocantins (SES-TO) realizou na quarta-feira, 17, a Oficina de Atualização dos Profissionais de Saúde no Âmbito da Vigilância Epidemiológica da Toxoplasmose.

A doença é provocada pelo protozoário Toxoplasma gondii, e é transmitido aos seres humanos através das fezes de diversos animais, contaminados pelo agente transmissor. Participaram do evento coordenado pela Área Técnica das Doenças de Veiculação Hídrica e Alimentar (DVHA/SVS/SES-TO), profissionais da saúde, gestores municipais e estaduais.

A responsável pela Área Técnica das Doenças de Veiculação Hídrica e Alimentar (DVHA/SVS/SES-TO), Débora Lima de Andrade, afirmou que “o objetivo dessa capacitação é fornecer orientações para os profissionais de saúde, acerca das problemáticas que nós estamos enfrentando hoje no Estado. Queremos buscar melhoria na oferta dos serviços ofertados para os pacientes, e reduzir os impactos que essa doença tem. Devido a ser uma doença negligenciada e de alto impacto, com aumento de casos que a gente vem tendo nos últimos anos, e a busca da qualidade da vigilância, nós escolhemos esse tema. Passamos por mudanças, adequações no esquema de medicação e tudo mais, e com isso a gente trouxe essa perspectiva para trazer melhoria nos atendimentos”.

A enfermeira da Vigilância Hospitalar do Hospital e Maternidade Dona Regina Siqueira Campos (HMDR), Solany Moreira, afirmou que “além de ser muito importante, tem uma relevância gigantesca para o Sistema Único de Saúde, porque a toxoplasmose ainda é um agravo que nós temos uma rotina de notificação, é muito constante. A atualização para nos tornar profissionais com maior capacidade de identificar os casos, poder renovar as questões de protocolos de assistência para ter maior efetividade e eficácia no tratamento, evitar problemas de morbidade mais severa, ou morte em crianças até um ano de idade é essencial. Não só para a área hospitalar, mas para toda a rede SUS, de baixa, média e alta complexidade”.

O coordenador de Vigilância em Saúde e enfermeiro da Secretaria Municipal de Saúde de Brasilândia (SEMUS/Brasilândia), Clésio Alves da Silva, relatou que “eu acredito que esse evento só sensibiliza os municípios quanto à prevenção, o diagnóstico precoce e o cuidado melhor para a população. É importante para nós que estamos lá na ponta do Estado, para que a gente possa fazer um perinatal de qualidade também, e que a gente possa identificar esses casos evitáveis da toxoplasmose, e consequentemente a toxoplasmose congênita”.

A superintendente de Vigilância em Saúde da SES-TO, Perciliana Bezerra, falou sobre atuação da área técnica, quanto à toxoplasmose congênita. “Nós temos que trabalhar uma causa evitável que é a síndrome congênita por conta de uma toxoplasmose na gestante. O diagnóstico oportuno e adequado proporciona uma causa evitável do nascimento de uma criança com síndrome congênita e toxoplasmose. Que possamos daqui com uma perspectiva de informação, de reorganizar os nossos processos de trabalho na perspectiva da percepção e diagnóstico da toxoplasmose, especialmente em gestantes. A vigilância trabalha na perspectiva de antever os acontecimentos. Então a gente tem que ter a percepção e suspeição. Qualquer profissional da área de saúde pode muito bem suspeitar, a suspeição é importante para desencadear o processo de investigação em tempo oportuno”.

Dados

 

Segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), em 2022 no Tocantins houve 273 casos notificados de toxoplasmose gestacional e 233 casos confirmados. No ano de 2023 foram notificados 265 casos e 174 casos foram confirmados.

No ano de 2022 foi registrado o total de 176 notificações de toxoplasmose congênita, e houve 123 confirmações da doença. Em 2023, foram notificados 276 casos de toxoplasmose congênita, com 141 casos confirmados.

Ananda Santos/Governo do Tocantins

                                                              
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