Os roubos aconteciam no período próximo à plantação da safra de soja, nas cidades de alta produção agrícola no Estado; cinco pessoas foram presas.
Nesta quinta-feira, 4, a Polícia Civil do Tocantins (PC-TO), por meio da Delegacia Especializada de Combate aos Crimes Rurais (Deleagro) deflagrou a Operação Agro Defender e prendeu cinco pessoas suspeitas de fazerem parte uma quadrilha especializada em furtos e roubos de defensivos agrícolas no Tocantins.
Ao todo, foram cumpridos quatro mandados de prisão temporária e seis mandados de busca e apreensão na cidade de Lagoa da Confusão e na capital, Palmas. Em um dos endereços das buscas foi localizado um indivíduo que tem mandado de prisão por estupro de vulnerável em aberto.
Durante as buscas, a Polícia Civil encontrou, em uma das residências, porções de maconha, cocaína, balanças de precisão, armas, munições, dinheiro em espécie e uma motocicleta com os alvos.
As pessoas presas serão ouvidas pela polícia e, em seguida, conduzidas à Unidade Prisional de Palmas.
A Operação Agro Defender também contou com o suporte da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO); das Divisões Especializadas de Repressão ao Crime Organizado (1ª DEIC-Palmas, 6ª DEIC Paraíso e 8ª DEIC-Gurupi); da 1ª Divisão Especializada de Repressão a Narcóticos (1ª DENARC – Palmas), do Grupo de Operações Táticas Especiais (GOTE) e do Núcleo de Operação com Cães da Polícia Penal (NOC).
A investigação
As investigações começaram a partir de um roubo, que ocorreu no mês de julho de 2022, em Lagoa da Confusão, onde foram subtraídos defensivos agrícolas de uma propriedade do município.
A Polícia Civil suspeita que os envolvidos nesse roubo também tenham participado de outros roubos de defensivos ocorridos na região. De julho do ano passado até os primeiros meses do ano, vários outros roubos foram identificados na cidade de Silvanópolis, Santa Rita, Santa Rosa, Peixe, Talismã e Novo Acordo.
O grupo criminoso se aproveita do período de plantio da soja, em que as fazendas agrícolas acumulam uma grande quantidade de defensivos agrícolas para serem usados na safra, e saqueia a propriedade.
Conforme inquérito policial, a quadrilha é formada por pessoas de outros estados, geralmente responsáveis por transportar os produtos para outros estados, e por pessoas que moram no Tocantins, que têm atribuição de realizar a logística de levantamento dos locais a serem alvos do grupo, como também na execução dos crimes.
O delegado titular da Deleagro, Thyago Bustorff, destaca que cada roubo de defensivos agrícolas gera um prejuízo de cerca de R$ 1,5 milhão. “A gente apurou que esse produto é comercializado entre 40% e 60% abaixo do seu valor original de mercado. E os receptadores são fazendeiros, ao que tudo indica, de locais de fora do Estado”, informou o delegado.
Os levantamentos das investigações foram realizados dentro da Operação Hórus, do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), que visa o combate a crimes fronteiriços em todo o Brasil.
Deleagro
A Delegacia Especializada de Combate aos Crimes Rurais (Deleagro) foi criada durante a 22ª edição da Feira de Tecnologia Agropecuária do Tocantins (Agrotins 2022) com o objetivo de combater os crimes que ocorrem na zona rural do Estado.
Compete à Deleagro a repressão aos crimes patrimoniais relacionados aos bens constituídos por animais selvagens, domesticados ou domésticos, bem como demais crimes patrimoniais relacionados à atividade rural, como subtração de insumos, defensivos e máquinas agrícolas, entre outros, além prestar apoio às demais unidades policiais na apuração dos delitos contra o agronegócio.
Ana Luiza Dias/Governo do Tocantins
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